DOS DÁCONOS AOS
NOSSOS DIAS
Os diáconos surgiram de uma necessidade da igreja primitiva e de um
conflito entre cristãos de origem hebraica e cristão de origem grega por causa
da divisão de alimentos.
Os apóstolos, então, acharam por bem dividir as tarefas: uns ficariam com
a administração dos bens espirituais, outros com a administração dos bens
temporais.
Como os apóstolos eram poucos para a tender a tudo, criaram os diáconos
para assumirem a administração dos bens temporais e pôr fim ao conflito entre
os fieis. Assim, os apóstolos ficaram com mais tempo livre para dedicar-se à
evangelização.
Verifica-se que os apóstolos, embora pessoas simples, conheciam muito bem
e seguiam os ensinamentos populares: “ninguém
faz bem duas coisas” e “homem certo no lugar
certo”.
Os diáconos ficaram com a parte social na administração dos bens
temporais, atendendo de modo especial aos órfãos e viúvas dividindo as doações
com equidade, sem distinção entre hebraicos e gregos; os apóstolos dedicaram-se
totalmente à administração pastoral de evangelizar, isto é, levar a toda a
parte a boa nova que o Reino de Deus chegou.
Isto está muito claro nesta passagem bíblica do livro dos Atos dos
Apóstolos, capítulo 6:
1. Naqueles dias, o número dos discípulos tinha
aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se contra os fiéis de
origem hebraica. Os de origem grega diziam que as suas viúvas eram deixadas de
lado no atendimento diário.
2. Então os Doze convocaram uma assembleia geral
dos discípulos e disseram: «Não está certo que nós deixemos a pregação da
Palavra de Deus para servirmos à mesa.
3. Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete
homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e encarregá-los-emos
dessa tarefa.
4. Deste modo, nós poderemos dedicar-nos
inteiramente à oração e ao serviço da Palavra».
5. A proposta agradou a toda a assembleia. Então
escolheram Estêvão, homem cheio de
fé e do Espírito Santo; e também Filipe,
Prócoro, Nicanor, Timon, Parmenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que
seguia a religião dos judeus.
6. Todos estes foram apresentados aos Apóstolos,
que oraram e impuseram as mãos sobre eles.
7. Entretanto, a Palavra do Senhor espalhava-se. O
número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e um grande número de
sacerdotes judeus obedecia à fé cristã.
8. Cheio de graça e poder, Estêvão fazia grandes
prodígios e sinais entre o povo.
A CIUMEIRA REINANTE
Que a
organização da igreja primitiva era perfeita, podemos concluir pela ciumada que
gerou:
9. No entanto, alguns membros da sinagoga dos
Libertos, com cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia começaram
a discutir com Estêvão.
10. Mas não conseguiam resistir à sabedoria e ao
Espírito com que Estêvão falava.
11. Então subornaram alguns indivíduos que
disseram: «Ouvimos este homem proferir
palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus».
12. Deste modo, incitaram o povo e os anciãos. Os
doutores da Lei prenderam Estêvão e conduziram-no ao Sinédrio.
13. Ali apresentaram falsas testemunhas que diziam:
«Este homem não cessa de falar contra
este lugar santo e contra a Lei.
14. De
facto, nós ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e
subverterá os costumes que Moisés nos transmitiu».
15. Todos os que estavam sentados no Sinédrio
tinham os olhos fixos em Estêvão e viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
O BEM INCOMODA
Eh! Este mundo
não tem jeito! Parece até que já nasceu torto, mas não é verdade. O Paraíso era
uma maravilha. Ainda hoje a palavra “paraíso” significa o que há de melhor. Mas
o homem perdeu o direito de usar o paraíso porque o paraíso tinha dono. A
ganância de tomar o paraíso e expulsar o dono deu no que deu: rua. Isto porque
Deus é justo.
Se as coisa
estão indo mal, se o povo está oprimido, se a injustiça campeia, justifica-se a
mudança para melhor.
Estava tudo
muito bem... mas outros foram os escolhidos.... e o ciúme dos incompetentes se
agigantou e os cegou, a ponto de inventarem mentiras diabólicas sobre esses
diáconos, não só Estêvão, trabalhadores, honrados e despojados:
- «Ouvimos este homem proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra
Deus».
- «Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei.
Coisas que
aconteceram no passado .... e se repetem no presente com muito mais
intensidade!
Quantos
diáconos, quantos padres, quantos bispos, quantos religiosos e religiosas,
foram condenados ao ostracismo, sem
direito a defesa, porque suas obras ofuscavam o brilho de seus
superiores!
Não é uma
crítica ... é um tema de meditação... para que as injustiças acabem também no
ceio da igreja contemporânea que não obedece à CLT. Quantos "seres humanos", "trabalhadores do reino", perderam o "ofício" e saíram para esmolar em casa da família ou de amigos! A justiça social também brada aos céus.
Se eu não for
justo e, mais, não tiver caridade-humildade, a reconquista do “paraíso” será
pura ilusão. De nada adiantará bater com a mão no peito. Na porta terá alguém
para me dizer: “Não te conheço.”
e,,quais as necessidades da igreja de hoje ?
ResponderExcluirMas, no antigo testamento não havia essa função de diácono?
ResponderExcluirA escolha dos diáconos foi bem direcionada pelo Espírito Santo aos discípulos,para que todos tivessem oportunidades de serem útil a grande obra do evangelho:
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