quarta-feira, 21 de maio de 2014

OS PRIMEIROS DIÁCONOS


DOS DÁCONOS AOS NOSSOS DIAS

 

Os diáconos surgiram de uma necessidade da igreja primitiva e de um conflito entre cristãos de origem hebraica e cristão de origem grega por causa da divisão de alimentos.

Os apóstolos, então, acharam por bem dividir as tarefas: uns ficariam com a administração dos bens espirituais, outros com a administração dos bens temporais.

Como os apóstolos eram poucos para a tender a tudo, criaram os diáconos para assumirem a administração dos bens temporais e pôr fim ao conflito entre os fieis. Assim, os apóstolos ficaram com mais tempo livre para dedicar-se à evangelização.

Verifica-se que os apóstolos, embora pessoas simples, conheciam muito bem e seguiam os ensinamentos populares:  “ninguém faz bem duas coisas”  e “homem certo no lugar certo”.

Os diáconos ficaram com a parte social na administração dos bens temporais, atendendo de modo especial aos órfãos e viúvas dividindo as doações com equidade, sem distinção entre hebraicos e gregos; os apóstolos dedicaram-se totalmente à administração pastoral de evangelizar, isto é, levar a toda a parte a boa nova que o Reino de Deus chegou.

Isto está muito claro nesta passagem bíblica do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 6:

1. Naqueles dias, o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se contra os fiéis de origem hebraica. Os de origem grega diziam que as suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário.

2. Então os Doze convocaram uma assembleia geral dos discípulos e disseram: «Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servirmos à mesa.

3. Irmãos, é melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e encarregá-los-emos dessa tarefa.

4. Deste modo, nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra».

5. A proposta agradou a toda a assembleia. Então escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Parmenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus.

6. Todos estes foram apresentados aos Apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles.

7. Entretanto, a Palavra do Senhor espalhava-se. O número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e um grande número de sacerdotes judeus obedecia à fé cristã.

8. Cheio de graça e poder, Estêvão fazia grandes prodígios e sinais entre o povo.

                                               A CIUMEIRA REINANTE

Que a organização da igreja primitiva era perfeita, podemos concluir pela ciumada que gerou:

9. No entanto, alguns membros da sinagoga dos Libertos, com cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia começaram a discutir com Estêvão.

10. Mas não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que Estêvão falava.

11. Então subornaram alguns indivíduos que disseram: «Ouvimos este homem proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus».

12. Deste modo, incitaram o povo e os anciãos. Os doutores da Lei prenderam Estêvão e conduziram-no ao Sinédrio.

13. Ali apresentaram falsas testemunhas que diziam: «Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei.

14. De facto, nós ouvimo-lo afirmar que Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar e subverterá os costumes que Moisés nos transmitiu».

15. Todos os que estavam sentados no Sinédrio tinham os olhos fixos em Estêvão e viram o seu rosto como o rosto de um anjo.

                                                            O BEM INCOMODA

Eh! Este mundo não tem jeito! Parece até que já nasceu torto, mas não é verdade. O Paraíso era uma maravilha. Ainda hoje a palavra “paraíso” significa o que há de melhor. Mas o homem perdeu o direito de usar o paraíso porque o paraíso tinha dono. A ganância de tomar o paraíso e expulsar o dono deu no que deu: rua. Isto porque Deus é justo.

Se as coisa estão indo mal, se o povo está oprimido, se a injustiça campeia, justifica-se a mudança para melhor.

Estava tudo muito bem... mas outros foram os escolhidos.... e o ciúme dos incompetentes se agigantou e os cegou, a ponto de inventarem mentiras diabólicas sobre esses diáconos, não só Estêvão, trabalhadores, honrados e despojados:

- «Ouvimos este homem proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus».

- «Este homem não cessa de falar contra este lugar santo e contra a Lei.

Coisas que aconteceram no passado .... e se repetem no presente com muito mais intensidade!

Quantos diáconos, quantos padres, quantos bispos, quantos religiosos e religiosas, foram condenados ao ostracismo, sem direito a defesa, porque suas obras ofuscavam o brilho de seus superiores!

Não é uma crítica ... é um tema de meditação... para que as injustiças acabem também no ceio da igreja contemporânea que não obedece à CLT. Quantos "seres humanos", "trabalhadores do reino", perderam o "ofício" e saíram para esmolar em casa da família ou de amigos! A justiça social também brada aos céus.

Se eu não for justo e, mais, não tiver caridade-humildade, a reconquista do “paraíso” será pura ilusão. De nada adiantará bater com a mão no peito. Na porta terá alguém para me dizer: “Não te conheço.”

 

3 comentários:

  1. e,,quais as necessidades da igreja de hoje ?

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  2. Mas, no antigo testamento não havia essa função de diácono?

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  3. A escolha dos diáconos foi bem direcionada pelo Espírito Santo aos discípulos,para que todos tivessem oportunidades de serem útil a grande obra do evangelho:

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