São Paulo erra feio
na previsão da volta de Jesus
INTRODUÇÃO
Não esqueça de seguir o seguinte
raciocínio lógico ao ler os textos bíblicos:
1-
A palavra de Jesus Cristo é a palavra do Pai, porque Ele
e o Pai são um, portanto, quando Jesus fala podemos concluir com seguridade: “Palavra
de Deus”
2-
Só nos quatro Evangelhos é que consta a palavra autêntica
de Jesus: “Jesus disse...”
3-
Todos os textos bíblicos do Antigo Testamento deverão ter
o “placet” (estar de acordo) de Jesus para serem considerados “palavra inspirada
por Deus”, mesmo os profetas considerados pessoas escolhidas para transmitir ao
povo a vontade de Deus.
4-
Todos os textos bíblicos do Novo Testamento, exceto os
pronunciamentos de Cristo nos quatro evangelhos, deverão ter o “placet” (estar de acordo) de Jesus
para serem considerados “palavra inspirada por Deus”.
5-
Muitos textos do Antigo e do Novo Testamento, mesmo não
sendo considerados inspirados, contêm muito bons conselhos que podem
transformar vidas, como na carta de São Paulo aos Romanos, 13,13 que operou uma
transformação radical em Santo Agostinho.
Vejamos os textos da Festa da
Ascensão: Mt. 28, 16-20. Vamos sublinhar o que é seguramente a “palavra de Deus”:
16. Os onze discípulos foram para a Galileia, para a
montanha que Jesus lhes tinha designado.
17. Quando o viram, adoraram-no; entretanto, alguns
hesitavam ainda.
18. Mas Jesus, aproximando-se, lhes disse: Toda
autoridade me foi dada no céu e na terra.
19. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
20. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que
estou convosco todos os dias, até o fim da terra.
1-
Ide e
ensinai todas as nações (ensinar o que de Jesus aprenderam); ensinai-as a
observar tudo o que vos descrevi.
2-
Batizai
todos os convertidos “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (não mandou
batizar em nome do Senhor Jesus!).
Todas as demais palavras do textos poderiam ter sido outras, se não fosse
Mateus a narrar os fatos.
A Ascensão de Jesus é-nos contada nos Atos dos Apóstolos, que assim
descrevem o antes, o fato, o depois:
1,1. Em minha primeira narração, ó Teófilo, contei
toda a sequência das ações e dos ensinamentos de Jesus,
1,2. desde o princípio até o dia em que, depois de
ter dado pelo Espírito Santo suas instruções aos apóstolos que escolhera, foi
arrebatado (ao céu).
1,3. E a eles se manifestou vivo depois de sua
Paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das
coisas do Reino de Deus.
1,4. E comendo com eles, ordenou-lhes que não se
afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu
Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca;
1,5. porque João batizou na água, mas vós sereis
batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias.
1,6. Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor,
é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel?
1,7. Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber
os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder,
1,8. mas
descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas
testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da terra.
1,9. Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles
e uma nuvem o ocultou aos seus olhos.
1,10. Enquanto o acompanhavam com seus olhares,
vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de
branco, que lhes disseram:
1,11. Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar
para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do
mesmo modo que o vistes subir para o céu.
1,12. Voltaram eles então para Jerusalém do monte
chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, distante uma jornada de
sábado
Jesus pede para que os apóstolos não se afastassem de Jerusalém, (1,4)
Os discípulos fazem uma
pergunta cretina: “É porventura agora, Senhor, que ides
instaurar o reino de Israel?
Jesus faz que não entendeu e
acrescenta: “Não vos pertence
a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder”
Jesus faz o último pedido aos discípulos: “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda
a Judéia e Samaria e até os confins da terra”.
A missão deve começar dentre de nossa casa, como Cristo deixa transparecer
ao pedir que os discípulos sejam suas testemunhas em Jerusalém, depois Judeia, Samaria
e vão se alargando até os confins da terra.
Repare-se também que Jesus, quando faz um pedido ou determina uma missão,
nunca deixa de dar os meios necessários para a que a execução da missão seja um
sucesso total: Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força”.
Alguns perguntarão: e os dois homens vestidos de branco que apareceram eram
reais ? – Não temos o “placet” de Jesus. A maior probabilidade é que se trate
de uma imagem criada num momento de ansiedade pela mente do narrador.
Mas os homens vestidos de branco falaram? Mesmo sem homens falando, as
vozes que os discípulos ouviram tem cabimento: “Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar
para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do
mesmo modo que o vistes subir para o céu”. E o texto tem o “placet” de Jesus para os acalmar
e fazer recordar o que tantas vezes lhes ensinou: Eu vou voltar para meu Pai...não
vos deixarei órfãos... eu voltarei... (Jo. 14,18).
A volta de Jesus à terra não tem data marcada. Jesus não deu nem dicas
sobre a sua volta, mas São Paulo estava convencido que seria em breve... e não
foi.
Na carta aos Tessalonicenses São Paulo dá informações que não têm o “placet”
de Jesus. Vejamos:
1 Tes . 4, 13-18:
13. Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a
respeito dos mortos, para não ficardes tristes como os outros que não têm
esperança.
14. Se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou,
acreditamos também que aqueles que morreram em Jesus, Deus os levará consigo.
15. Eis o que vos declaramos, baseando-nos na
Palavra do Senhor: nós, que ainda estaremos vivos por ocasião da vinda do
Senhor, não teremos nenhuma vantagem sobre aqueles que já tiverem morrido.
16. De facto, a uma ordem, à voz do arcanjo e ao som da
trombeta divina, o próprio Senhor descerá do Céu. Então os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro;
17. depois nós, os vivos, que estivermos
ainda na Terra, seremos arrebatados com eles para as nuvens, ao encontro do
Senhor nos ares. E então estaremos para sempre com o Senhor.
18. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.
São Paulo já
morreu há tanto tempo e Cristo ainda não voltou resplandecente, do mesmo modo
como os discipulos o viram subir aos céus!
Conclusão
São Paulo dá
ótimos conselhos nas suas cartas, mas não podemos dizer que são “palavra de
Deus”. São, sim, “palavras de Paulo”
sujeitas a erro se não estiverem de acordo com as palavras que Cristo
pronunciou sobre o assunto.
Porém, a nossa missão aqui na terra continua:
ensinar com fidelidade o que Cristo nos ensinou e batizar em nome do Pai, do
filho e do Espirito Santo.
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